A
dias vem circulando um vídeo na Internet que fala sobre uma grande invenção de
um brasileiro do estado do Espírito Santo, no vídeo ele mostra e prova
claramente que ele criou um sistema que faz o carro funcionar com água e nada
mais que isso, será verdade mesmo?
A
reportagem foi produzida pela TV Tribuna
e foi publicada em março de 2015 no Youtube, alcançando milhares de
visualizações em poucos dias.
A
invenção trata-se de um equipamento (kit de hidrogênio) colocado ao motor do
automóvel, que conforme divulgado no vídeo o carro poderá rodar até 1000 km com
apenas um litro de água.
Segundo
o rapaz, o equipamento transforma as moléculas de água em hidrogênio através de
um processo chamado eletrólise e esse elemento químico é que serve de
combustível para o veículo.
Outros
inventores no passado tentaram a mesma invenção, mas nenhuma delas de fato
fazia o carro rodar com água.
Pesquisamos
se a invenção era realmente verdadeira e verificamos que físicos e
desenvolvedores já haviam analisado o vídeo anteriormente e chegaram à
conclusão de que se tratava de uma farsa, o carro movido a água ainda não
existe.
O
que podemos verificar na matéria acima é um exemplo de mau jornalismo! Uma reportagem
que não fornece dados técnicos ou demais detalhes ou a opinião de entendidos no
assunto dá margem a muita especulação.
Foram
realizados vários testes com este kit por pessoas que são especializadas sobre
o assunto, e seu funcionamento foi de 0%. Em janeiro de 2014, por exemplo, a revista automotiva Quatro Rodas testou
o mais popular desses kits que estão à venda por aí e concluiu que o aparelho
(vendido a R$2mil) não diminuiu em nada o consumo de combustível.
Enfim,
não podemos acreditar em tudo que dizem por aí, vídeos e pesquisas em sites de
buscas podem enganar muita gente, comprar o kit de hidrogênio milagroso é
desperdiçar dinheiro. Vamos refletir sobre este assunto; se engenheiros das
maiores montadoras do mundo ainda não conseguiram inventar o carro movido a
água, tão pouco pessoas que não entendem do assunto podem o fazer.
0 comentários:
Postar um comentário